Sempre, em todas as épocas, tratando-se de exercício físico, se procurou entender por que certas pessoas tem resultados mais expressivos que outras, ou qual a intensidade ideal para se conseguir resultados expressivos em termos de desempenho ou mudança na composição corporal.
Com o passar dos anos e os progressos inegáveis das tecnologias usadas para pesquisas, chega-se cada vez mais a conclusão que o segredo está na qualidade (intensidade) dos exercícios e não na quantidade (volume). Explico: dependendo do seu objetivo, pode ser muito mais eficiente realizar 20 minutos de exercício aeróbio, com estímulos curtos, mas com intensidade chegando à 95% da sua freqüência cardíaca (Fc) máxima, do que caminhar ou trotar 60 minutos em uma intensidade moderada, ou realizar um treino de musculação com pesos de maneira a efetuar, por exemplo, as quinze repetições confortavelmente ao invés de aumentar esse peso até que não se consiga terminar as quinze repetições sem a ajuda de uma pessoa (professor/personal/amigo). Quero chamar a atenção aqui para o detalhe de controle da intensidade do exercício.
Não que antes não fosse importante esse controle, claro que era importante, mas por vários motivos como a ignorância desses parâmetros ou pela dificuldade ou inexistência de tecnologias que hoje nos são de fácil acesso, como por exemplo monitores de freqüência cardíaca, medidores de lactado sanguíneo, testes ergométricos com ventilômetros ou analisadores de gases, relógios com GPS ou altímetro, testes de força, etc. Atualmente é bem fácil e barato, por exemplo comprar um monitor de freqüência cardíaca, possibilitando assim ou controle bastante eficiente do seu exercício.
Vou me ater ao controle da freqüência cardíaca, pois acredito que seja o mais fácil de realizar. Desde sejam conhecidos os limites das faixas de freqüência cardíaca para cada tipo de treinamento e exista uma orientação, de um educador físico, para a prática destes limites, seu exercício será mais seguro e acertivo. É importante salientar que existem restrições, como hipertensão, sobrepeso, falta de condicionamento, problemas ortopédicos, etc., que só podem ser acompanhados por profissionais legalmente habilitados, geralmente esse processo é composto de exames médicos e um diagnóstico fisiocorporal(avaliação física) inicial detalhado.
Mas vamos ao controle da intensidade do exercício na prática. Qualquer que seja a atividade aeróbia escolhida, ela terá uma eficiência maior desde que controlada sua intensidade. Por exemplo: pode-se caminhar em um esteira com a freqüência cardíaca de 90 bmps (batimentos por minuto), e, esse exercício pode ser feito com a freqüência cardíaca de 130 bpms. Os resultados fisiológicos destas atividades serão diferentes, portanto como saberemos se, queremos um ou outro resultado sem o controle dos batimentos cardíacos? E esta dúvida está presente em qualquer exercício, sejam eles cíclicos como corrida, natação, caminhada, spinning, ciclismo, ou em forma de ginástica como zumba, step, hit, circuito funcional, etc.. Em um treino de Hit, o exercício deverá alcançar intensidades de pelo menos 95% da freqüência cardíaca nos momentos de maior exaustão, para que os resultados programados apareçam.
Também quero deixar claro que as faixas de freqüência cardíaca são diferentes para cada pessoa e para cada treino, sendo assim, dependendo da intenção do treino, do microciclo, do mesociclo programados, essa informação será diferente e influenciará sim no treino.
Quer ter resultados mais expressivos no seu programa de exercícios e monitorar o seu progresso de maneira mais eficaz?Comece a se atentar na intensidade do seu exercício. O ideal seria ainda, investir em um monitor de frequência cardíaca.
Antes, informe-se com um profissional da área e que tenha conhecimento destes aparelhos e dos controles possibilitados por eles, pois existem muitos modelos com diferentes funções e preços.
Informar-se sobre a sua frequência cardíaca ideal é o primeiro passo, seja através de uma breve avaliação ou por meio de um Diagnóstico Fisiocorporal detalhado.